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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Minha fé: sofrendo até contemplar um novo amanhã

Uma sexta-feira à noite, durante meu último ano de faculdade eu tive uma dor de cabeça horrível. Tomei algumas aspirinas, deitei no sofá, e esperei que ela fosse embora. Mas não foi; apenas piorou. Por volta da meia-noite eu agonizava e lá pelas 3 da manhã estava imaginando se iria morrer.


Na manhã do dia seguinte, meu colega de quarto me levou ao hospital onde fui diagnosticado com uma meningite viral. Um neurologista explicou que o fluído que envolve meu cérebro fora infectado e o estava “espremendo” contra as paredes do meu crânio. Era isso o que causava aquela dor.


O médico informou que eu ficaria várias semanas de cama em recuperação. Mas isso não se encaixava em meus planos.


Naquele tempo eu tocava em uma banda. Estávamos fazendo shows na região de Chicago havia algum tempo e tínhamos reservado datas nos maiores clubes na cidade – tudo programado para as semanas seguintes. Tivemos de cancelar todas as apresentações.


Quando a realidade me atingiu, deitado numa cama de hospital a quilômetros de distância de minha casa e com uma infecção no cérebro, lembro perfeitamente de ter perguntado a mim mesmo: “E agora?”.


Eu estava devastado. Aquilo não deveria estar acontecendo comigo. A banda era minha vida, meu futuro, meu único objetivo. Nós tínhamos cancelado nossos maiores shows até então.


Depois de alguns dias acabei me recuperando e voltei à faculdade, mas as coisas já não estavam iguais. Seja qual for a motivação que nos movia como banda, não estava mais tão forte como antes. Chegamos à conclusão em conjunto que tinha sido ótimo enquanto durou, mas era hora de a banda terminar.


Acho que jamais tinha me sentido tão perdido. Não tinha idéia do que faria com minha vida. Eu tinha toda essa energia e paixão e queria desesperadamente me doar para algo importante, mas não tinha nenhum plano.


Eu andava por toda o campus da universidade numa espécie de transe, balbuciando o mesmo mantra sem parar, que acabou tomando a forma de “e agora?”.


Sabe aquele sentimento quando estamos jogando futebol e corremos até a bola, mas não somos rápido o suficiente e o jogador do outro time já a chutou com toda a força? Aí a bola viaja com uma velocidade enorme e nos atinge na altura da virilha e capotamos, sem ar, gritando de maneira estridente…


Era como se experimentasse uma versão existencial disso. Novamente as coisas tomaram um rumo estranho, mas bonito.


Nos dias e semanas depois que decidimos pelo final da banda, pessoas que mal conhecia me paravam, do nada, e diziam coisas como: “Você já pensou em ser pastor?”. Amigos com quem não falava havia meses entravam em contato e diziam: “Por alguma razão, acho que você será pastor”.


Eu, um pastor? Sério?


A ideia começou a tomar conta de mim e não foi embora. Um chamado brotou dentro de mim, uma direção, algo em que poderia me doar.


Conto essa história sobre o que aconteceu comigo 19 anos atrás porque suponho que você é como eu – realmente bom para fazer planos, traçar, esquematizar e elaborar só para que sua vida aconteça do modo como “supostamente” deveria.


Somos mestres nisso. Sabemos exatamente como as coisas devem acabar. Então nós sofremos. Há uma ruptura, seja morte, doença, desemprego, mágoa, traição ou falência. O amanhã que esperamos desaparece. E descobrimos que não temos outros planos.


O sofrimento é traumático e horrível. Ficamos desesperados e erguemos os punhos aos céus, descarregamos a raiva, ficamos com raiva de novo e choramos. No entanto, durante o processo descobrimos um novo amanhã, algo que nunca teríamos imaginado se não fosse pelos dolorosos imprevistos da vida.


Convivi com inúmeras pessoas ao longo dos anos. Percebi que, quando alguém pede para elas identificarem momentos-chave, viradas e marcos em suas trajetórias, normalmente falam sobre dificuldades terríveis e coisas dolorosas. Em geral, dizem algo como “nunca poderia imaginar que isso fosse acontecer comigo”.


Imaginado é uma palavra importante aqui. Sofrimento, ao que parece, requer imaginação profunda. Um novo futuro tem que ser evocado, pois o velho futuro não existe mais.


Agora sei que o que aconteceu comigo – o fluído em torno de meu cérebro que o espremia contra as paredes do meu crânio – não é nada comparado com a dor e a tragédia que muitas pessoas vivenciam todos os dias.


Mas essa experiência alterou minha vida permanentemente. Nada mais continuou sendo igual. Meus planos desmoronaram. Isso me abriu para um futuro completamente novo.


Essas sementes ocultas da criatividade sendo plantadas em meio ao sofrimento nos levam para o cerne da fé cristã. Somos convidados a confiar nos momentos em que estamos mais inclinados ao desespero, quando tudo parece perdido e não conseguimos imaginar uma saída. É justamente nesses períodos que algo novo pode estar nascendo.


Jesus ficou pendurado nu e ensanguentado em uma cruz. Sozinho e abandonado por seus discípulos. Desprezado pela multidão. Mesmo assim, continuou firme, confiante e persistente, sabendo que Deus estava presente em Sua agonia, trazendo um mundo totalmente novo em meio àquilo tudo.


Isto é um mistério, algo que devemos ser sábios em refletir por causa das inúmeros problemas que sofremos a toda hora. Nesses momentos, Deus está sofrendo, derramando lágrimas, sentindo aquela dor e agitação conosco. Também no convida a confiar que algo bom pode surgir até mesmo em meio às crises.


Mantenha seus olhos e coração abertos. Seja rápido para ouvir e lento em fazer julgamentos precipitados sobre como “tudo vai acabar”. Você nunca sabe quando pode se descobrir a quilômetros de distância de sua casa, deitado em uma cama de hospital com um péssimo prognóstico de cérebro espremido, todos seus planos se desfazendo e se perguntando como tudo deu errado, para só então descobrir que uma vida completamente nova está apenas começando.


Rob Bell é o pastor fundador da igreja Mars Hill e autor de vários livros.




Tradução da Agência Pavanews do texto publicado no blog Belief, da CNN.


Extraído de http://www.pavablog.com/2011/02/19/minha-fe-sofrendo-ate-contemplar-um-novo-amanha/#more-33062

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eu nunca me esqueci de você



Quando a gente é abençoado, temos que multiplicar o que recebemo, não é!? Então estou postando essa canção que falou demais comigo, e que veio em um momento em que eu estava me sentindo como a própria letra diz, esquecido por Deus e também por algumas pessoas que eu prezo muito. Mas, como Pai que Deus é, Ele trouxe à minha memória aquilo que dá esperança. Depois, vou ver se escrevo um texto falando sobre o tema da canção, mas acho que nem vai precisar, já que a canção e o Espírito ministrarão ao seu coração agora mesmo =)

Seja abençoado nesse dia!

PS.: Divulguem o blog, e comentem também. É para abençoar que ele existe =)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uma nova estação

Nós podemos definir a vida como um grande ciclo, que varia em estações, em altos e baixos, e nós devemos explorar cada tempo com suas características e particularidades para tirarmos o máximo de proveito deles. A igreja não está isenta disso. De tempos em tempos vemos um mover de Deus, que transcende as denominações, e que faz com que as pessoas tenham reais experiências com o Senhor, tenham suas vidas e modo de pensar transformados, se levantando assim um povo comprometido com a Palavra, não apenas representando, mas se tornando parte da história do reino de Deus aqui na terra. Mas, como toda estação, esse mover muitas vezes passa, por motivos diversos, e deixa uma lacuna, um espaço que só pode ser preenchido com a substância que lhe é devida: o Espírito Santo.

Mas como eu disse, cada estação tem o que nos ensinar, inclusive a estação de frieza, o inverno espiritual. Jesus, depois de morrer, permaneceu três dias “sumido”, até que um dia, Maria O viu. Mais um “sumiço”, depois, alguns discípulos O viram, e, mais tarde, todos eles. Tempos depois, Estevão O viu, Paulo O viu, e mais de quinhentos irmãos puderam vê-Lo. O que podemos dizer desse tempo em que estamos é que parece que Jesus está “sumido”. E esse sumiço, esse vazio, serve para percebemos de quem e de que somos dependentes. Nos momentos em que o povo se esquece das coisas que são e das coisas que não são, o Senhor faz com que as situações levem esse povo a recordar tais coisas. No momento em que o povo hebreu ligou a imagem de Deus à uma figura terrena, uma escultura de um bezerro feita em ouro, Ele fez com que tudo aquilo que Moisés havia recebido no monte Sinai se perdesse, e trouxe mais um tempo de silêncio para o povo, até que o líder de Israel voltasse novamente do topo do monte. Quando uma multidão começou a seguir Jesus, e Ele os abençoava com curas, sinais, maravilhas, e alimento, chegou um momento em que boa parte se esqueceu do verdadeiro porquê de estar ali, e se importaram mais com o Jesus que multiplica o pão que com o Jesus que é o Salvador e Rei. Então Ele se levantou e fez um discurso duríssimo, levando a maioria das pessoas a voltarem para suas casas.

O fato, é que no momento em que a figura central deixa de ser Jesus, todo o resto se torna ídolo. Quando as pessoas começam a perceber mais o pastor e sua pregação impactante, o cantor e sua performance maravilhosa, a igreja e sua organização e estrutura, o Jesus que age no pastor, no levita, e na igreja, se afasta, para que, através do vazio que Ele deixa, a sensibilidade seja restaurada, a ponto de perceber o que realmente é importante. Então, nesse tempo em que vivemos, em que as pessoas procuram supermercados espirituais, onde possam se abastecer daquilo que lhes interessa, onde igrejas e ministérios se tornam produtos de consumo, à escolha do espectador (e cliente), que possamos aprender que o que é de verdade se chama JESUS. Os ministros passam, os templos um dia cairão, o que hoje é uma igreja lindíssima, amanhã pode ser fechada por uma ordem judicial, e tornar um boteco (pode ou não pode acontecer?). Os ídolos, e até mesmo as bênçãos acabarão um dia. Mas JESUS NÃO PASSARÁ! Ele é o que permanece, que era, que é, e que há de ser, e é a fonte de todo mover, de todo avivamento. Não é preciso métodos disso ou daquilo, cantar assim ou pregar assim, não fará com que o Espírito venha, mas reconhecer nossa pequenez e nossa necessidade Dele, e que ELE é a fonte de todas as coisas.

No momento em que nós, como igreja, reconhecermos essas coisas, uma nova estação estará à nossa frente, e certamente viveremos um novo mover de Deus, que impactará tudo em que tocarmos. Irá invadir o mundo todo, a começar de nós, dentro de nossas casas, de nossas igrejas locais, de nossas comunidades, e Ele usará cada um no lugar em que estiverem, para que se cumpra a Palavra que Deus "usa as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, as pequenas e desprezíveis para confundir as fortes, aquelas que são para confundir as que não são", a fim de que toda a glória seja de Deus, e não nossa.


Por que Dele e por Ele, para Ele são todas as coisas.
 A Ele a glória, a Ele a glória, a Ele a glória, pra sempre, amém.”

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A busca pelo poder

É fato. O ser humano é viciado em poder. A idéia de se exercer domínio sobre outras pessoas parece muito sedutora. Por causa da sensação de poder o ser humano passa por cima de muitos, quebra princípios, mente, manipula, usa, oprime. Na Bíblia temos vários exemplos disso. Adão e Eva, iludidos pela serpente, comeram do fruto que não deveriam comer porque desejaram ser iguais a Deus(Gênesis 3). Davi tomou para si a mulher de Urias e o matou, porque por um momento pensou que a monarquia lhe daria esse direito (2 Samuel 11). Simão, o mago, ofereceu dinheiro aos apóstolos para que lhe fosse dado o poder do Espírito Santo e assim pudesse continuar impressionando o povo (Atos 8:9-24). A busca desenfreada pelo poder parece cegar as pessoas. Ao olhar para a sociedade vemos que alguns se tornam verdadeiros monstros egoístas quando são contemplados e absorvidos pela fama e pelo dinheiro. Alguns se tornam desumanos ao entrarem em contato com o poder.

Alguns ainda têm a idéia errônea de que o fato de serem cristãos ou de estarem envolvidos em um ministério os torna superiores aos outros. O status e a projeção que um ministério oferece podem contribuir para que as pessoas percam a visão de um verdadeiro chamado e serviço. Vale a pena lembrar que nosso chamado é para sermos filhos de Deus (João 1;12); ovelhas do Pastor amado (João 10:14); membros do corpo onde Cristo Jesus é o cabeça (Efésios 4:15,16); servos que imitam seu Senhor (João 13:15-17); aqueles que levam as boas novas do reino de Deus a toda criatura (Marcos 16:15; Mateus 28:19,20); aqueles que servem e amam (Gálatas 5:13,14).
Jesus é o nosso maior exemplo ministerial. As pessoas se sentiam livres para aproximarem dele. Ele não usava de manipulação para atraí-las. Através dele se manifestava verdadeiramente o poder de Deus!

É maravilhosa a afirmação de Paulo na segunda carta aos Coríntios 5:13. O amor e a simplicidade de Jesus nos constrangem e nos desafiam. Perto dele todos os nossos aparatos religiosos se tornam vazios, sem razão. Sobre Jesus Isaías disse no cap. 42: 1- 4 ” Eis meu servo a quem sustenho, o meu escolhido em quem tenho prazer. Porei nele meu Espírito, e ele trará justiça as nações. Não gritará, nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça”.

Jesus definitivamente não foi uma figura sensacionalista como outros líderes e governantes na história mundial. Não foi autoritário como os grandes ditadores. Não foi manipulador e nem usou de artifícios estrondosos para atrair as multidões. No entanto, ele é a pessoa mais influente e fascinante que já pisou sobre a terra. Diante do tentador que lhe ofereceu uma fama passageira, se concordasse em pular do alto do templo e ser segurado pelos anjos, ele não cedeu.
Ele não negociou com os poderosos de sua época. Não foi político e nem se envolveu com os negócios corruptos que imperavam em Israel naqueles dias. Não quis ser um rei político como o povo desejava. Diante da possibilidade de receber a glória dos homens ele não se impressionou. Não se exaltou, mas como diz Filipenses 2: 6- 8 “embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz!”

Não se impôs diante da fragilidade dos que se aproximavam dele. Respeitou a medida de fé que cada um era capaz de ter. Preferiu dar dignidade às pessoas à sua volta do que seguir a lei dos homens. Ofereceu graça aos desprezados, marginalizados e também aos abastados e bem posicionados na sociedade.

Num mundo dividido em tantas facções, Jesus nos convida a fazer parte de um reino onde igualmente nos relacionamos com Deus como Pai. Sem elites. Sem filhos prediletos. Sem a culpa que assombra os que não têm uma identidade. Podemos todos nos achegarmos a Ele pelo novo e vivo caminho. Sem subjugarmos, mas amando e servindo uns aos outros. Ele nos chamou, não para mais um clube social ou instituição humana, mas pra fazer parte do seu corpo, sua igreja, sua noiva. Ele se deu por nós “sendo nós ainda pecadores”(Romanos 5: 8), e pela cruz, colocou a todos nós os que cremos nele, no mesmo patamar: somos chamados filhos de Deus.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As for Me and My House - John Waller

Essa canção acabou de ser lançada, e já me abençoou d+ rsrs
Como vocês já devem ter percebido, gosto demais desse "cara", o John Waller. Suas músicas são como pequenas pregações, e dificilmente você ouvirá uma e não gostar. Essa canção, do seu novo cd, As For Me and My House, tem como tema a passagem de Josué 24.15, que diz "Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR." Cada homem anda como uma ovelha desgarrada, procurando a quem servir, e se todo mundo procura alguém para adorar, nós escolhemos o SENHOR Deus.


As for me (Eu e minha casa - tradução livre)

Eu estou caminhando

Construindo o meu próprio reino

Não há mais

Buscando ídolos inúteis

Como ovelhas, temos todos os desgarrados

Nós temos que escolher este dia

Quem servir

Quanto a mim e a minha casa

Serviremos ao Senhor

Serviremos ao Senhor

Ídolos levantados, derrubá-los

Porque nós serviremos ao Senhor

Nós serviremos ao Senhor

Para um rei que se curvar

Quanto a mim ea minha casa

Nós só servimos ao Senhor

Eu sou feito

Com religião impotente

Não há mais

Viver na ilusão

Quanto a mim ea minha casa

Serviremos ao Senhor

Serviremos ao Senhor

Ídolos levantados, derrubá-los

Porque nós serviremos ao Senhor

Nós serviremos ao Senhor

Ao Rei a quem devemos nos curvar

Quanto a mim ea minha casa

Nós só servimos ao Senhor

Vamos atravessar o Jordão

Vamos reivindicar o que você prometeu

Quanto a mim ea minha casa

Serviremos ao Senhor

Serviremos ao Senhor

Ídolos levantados, derrubá-los

Porque nós serviremos ao Senhor

Nós serviremos ao Senhor

Ao Rei a quem devemos nos curvar

Quanto a mim ea minha casa

Nós só servimos ao Senhor

Não vamos dar o nosso coração para outro

Não vai dar aos nossos corações para outro

Nós pertencemos ao Senhor

Não vamos dar o nosso coração para outro

Não vai dar aos nossos corações para outro

Nós só servimos ao Senhor

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ele ainda me chama de filho

Tem uma canção que eu particularmente gosto muito, que se chama "Still calls me son", de John Waller, um cantor/compositor americano, que fala sobre o filho pródigo.

"Eu destruí o Seu Nome em lugares sem Deus
E conheci vergonhas que nenhum dos Seus filhos deveria conhecer
Eu vi a vergonha em rostos quebrados, sem nenhuma esperança
Eu estava tão longe de casa
Eu ainda fico maravilhado quando fecho os meus olhos e penso:

Depois de tudo o que eu fiz Ele ainda correria pra mim? E ainda beijaria o meu rosto?
Depois de onde eu estive, Ele ainda me receberia? Eu não poderia entender
Eu desgracei o Seu Nome
Mas seria tão maravilhoso se ainda asssim Ele me chamasse de filho.

Então, quando eu não tinha mais nada a perder
Eu deixei o meu orgulho, e voltei o meu coração para o meu lar
Eu vi a minha casa no horizonte, e de uma certa altura eu vi o meu Pai
Me olhando com Seus olhos de amor e perdão

E depois de tudo o que eu fiz, Ele correu pra mim, e beijou o meu rosto
Ele não me desprezou
E depois de ir aonde fui, Ele simplesmente me recebeu, e eu não pude entender
Como Ele pôde tirar a Sua própria roupa e por em mim
E foi tão maravilhoso pois ainda assim Ele me chamou de filho

(...)"


É tão maravilhoso e espantoso quando percebemos esse amor incondicional de Deus para com a nossa vida. Esse amor que não olha para o que tenhamos feito de errado no passado, no tipo de pessoas que éramos, ou no tipo de vida que levávamos, mas sim pra nós. Não para as outras coisas, mas para nós, simplesmente. Nem sempre conseguimos entender isso, porque, como homens, o nosso amor é condicionado: amos quando, amos se, amamos porque... mas esse amor de Deus, que excede todo o entendimento é que nos constrange e nos faz entender que não é por merecimento, ou por qualquer outro motivo que nos desse valor, mas simplesmente por amor, e isso basta pra Ele. Isso bastou para fazer com que Ele entregasse o Seu único Filho à morte em favor de estranhos, em favor de inimigos, em favor de pessoas que não tinham o que oferecer para recompensá-Lo. Isso é o verdadeiro amor. Vocês de lembram de um outro post: "A perfeita melodia do céu, que o Pai de amor fez para mim, e Ele está agora cantando para mim a Canção do Pai".

Nós Te amamos, Senhor, não porque sejamos bons, ou porque queremos mostrar alguma coisa para alguém, ou tentar provar algo para nós mesmos. Mas, nós Te amamos, porque o Senhor nos amou primeiro, e isso é grande demais para podermos entender. Quem sabe na eternidade, no dia em que estivermos frente a frente, conversando sobre qualquer coisa... no momento em que olharmos em direção aos Teus olhos, então poderemos entender quão grande é o Teu amor.

"E quando Cristo enfim me vier chamar
Nos céus com os serafins irei morar
Então me alegrarei perto de Ti, meu Rei
Perto de Ti, meu Rei, meu Deus de Ti".
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