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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uma nova estação

Nós podemos definir a vida como um grande ciclo, que varia em estações, em altos e baixos, e nós devemos explorar cada tempo com suas características e particularidades para tirarmos o máximo de proveito deles. A igreja não está isenta disso. De tempos em tempos vemos um mover de Deus, que transcende as denominações, e que faz com que as pessoas tenham reais experiências com o Senhor, tenham suas vidas e modo de pensar transformados, se levantando assim um povo comprometido com a Palavra, não apenas representando, mas se tornando parte da história do reino de Deus aqui na terra. Mas, como toda estação, esse mover muitas vezes passa, por motivos diversos, e deixa uma lacuna, um espaço que só pode ser preenchido com a substância que lhe é devida: o Espírito Santo.

Mas como eu disse, cada estação tem o que nos ensinar, inclusive a estação de frieza, o inverno espiritual. Jesus, depois de morrer, permaneceu três dias “sumido”, até que um dia, Maria O viu. Mais um “sumiço”, depois, alguns discípulos O viram, e, mais tarde, todos eles. Tempos depois, Estevão O viu, Paulo O viu, e mais de quinhentos irmãos puderam vê-Lo. O que podemos dizer desse tempo em que estamos é que parece que Jesus está “sumido”. E esse sumiço, esse vazio, serve para percebemos de quem e de que somos dependentes. Nos momentos em que o povo se esquece das coisas que são e das coisas que não são, o Senhor faz com que as situações levem esse povo a recordar tais coisas. No momento em que o povo hebreu ligou a imagem de Deus à uma figura terrena, uma escultura de um bezerro feita em ouro, Ele fez com que tudo aquilo que Moisés havia recebido no monte Sinai se perdesse, e trouxe mais um tempo de silêncio para o povo, até que o líder de Israel voltasse novamente do topo do monte. Quando uma multidão começou a seguir Jesus, e Ele os abençoava com curas, sinais, maravilhas, e alimento, chegou um momento em que boa parte se esqueceu do verdadeiro porquê de estar ali, e se importaram mais com o Jesus que multiplica o pão que com o Jesus que é o Salvador e Rei. Então Ele se levantou e fez um discurso duríssimo, levando a maioria das pessoas a voltarem para suas casas.

O fato, é que no momento em que a figura central deixa de ser Jesus, todo o resto se torna ídolo. Quando as pessoas começam a perceber mais o pastor e sua pregação impactante, o cantor e sua performance maravilhosa, a igreja e sua organização e estrutura, o Jesus que age no pastor, no levita, e na igreja, se afasta, para que, através do vazio que Ele deixa, a sensibilidade seja restaurada, a ponto de perceber o que realmente é importante. Então, nesse tempo em que vivemos, em que as pessoas procuram supermercados espirituais, onde possam se abastecer daquilo que lhes interessa, onde igrejas e ministérios se tornam produtos de consumo, à escolha do espectador (e cliente), que possamos aprender que o que é de verdade se chama JESUS. Os ministros passam, os templos um dia cairão, o que hoje é uma igreja lindíssima, amanhã pode ser fechada por uma ordem judicial, e tornar um boteco (pode ou não pode acontecer?). Os ídolos, e até mesmo as bênçãos acabarão um dia. Mas JESUS NÃO PASSARÁ! Ele é o que permanece, que era, que é, e que há de ser, e é a fonte de todo mover, de todo avivamento. Não é preciso métodos disso ou daquilo, cantar assim ou pregar assim, não fará com que o Espírito venha, mas reconhecer nossa pequenez e nossa necessidade Dele, e que ELE é a fonte de todas as coisas.

No momento em que nós, como igreja, reconhecermos essas coisas, uma nova estação estará à nossa frente, e certamente viveremos um novo mover de Deus, que impactará tudo em que tocarmos. Irá invadir o mundo todo, a começar de nós, dentro de nossas casas, de nossas igrejas locais, de nossas comunidades, e Ele usará cada um no lugar em que estiverem, para que se cumpra a Palavra que Deus "usa as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, as pequenas e desprezíveis para confundir as fortes, aquelas que são para confundir as que não são", a fim de que toda a glória seja de Deus, e não nossa.


Por que Dele e por Ele, para Ele são todas as coisas.
 A Ele a glória, a Ele a glória, a Ele a glória, pra sempre, amém.”

Um comentário:

  1. O que vc escreveu sobre a relaçao do cristao e a igreja, é o que realmente esta acontecendo, tenho observado isso claramente. As pessoas ate se questionam quem vai ser o pregador do dia, para verem se valem a pena sair de casa á igreja, esquecendo se que a honra e a gloria é e sempre sera para o nosso Salvador Jesus Cristo. Parabens pelo texto! Voce é uma benção! Sempre passo aqui para apreciar o blog, pois sei que és um varao de Deus e a Ele toda a Gloria.Que a paz esteja contigo. Teacher Fran

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